domingo, 16 de novembro de 2008



Muricy revela a sua terapia: lavar louça

Em entrevista ao jornal 'O Globo', treinador do São Paulo diz que adoraria receber um convite para dirigir a seleção brasileira
GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Muricy diz que Luxemburgo é melhor do que ele, com uma ressalva: 'Eu nunca perco'
No dia-a-dia, Muricy Ramalho acumula estresse ao comandar os jogadores do
São Paulo, pensar em estratégias, estudar os rivais... Para relaxar, o técnico recorre à sua terapia particular e peculiar: lavar louça.

- Outro dia, uma moça nova que trabalha lá em casa não entendeu nada quando pedi para deixar a louça que eu lavaria. É uma terapia. Vou pensando, desestressando (sic), me desligando. Gosto do barulho da água - diz o técnico, em entrevista ao jornal "O Globo".

Muricy, que se acha organizado na cozinha, acrescenta que também gosta de preparar pratos, mas sem receitas complicadas. Um de seus prazeres é preparar churrasco e assar pizza no seu sítio, no interior de São Paulo.
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O treinador está a caminho de se tornar o primeiro a ser tricampeão por uma mesma equipe. Na década de 70, Rubens Minelli foi campeão por
Internacional (1975 e 76) e São Paulo (1977). O prestígio faz o são-paulino sonhar com a seleção brasileira. E já tem a resposta na língua para o caso de ser convidado.

- Não gosto de cobiçar o que é de outro, mas é óbvio que vou adorar se o convite surgir. Quem não aceitaria uma convocação para representar o país? Quem não gostaria de poder escolher os melhores? Tem vezes que olho no meu banco e não tenho quem colocar em campo. Peço para contratar o Chiquinho, e vem o Luizinho. O desgaste numa seleção é outro - explica.

Ele acrescenta, no entanto, que não tem obsessão pelo cargo e cita isso como uma diferença que o separa do palmeirense Vanderlei Luxemburgo.

- O Luxemburgo já disse que é melhor do que eu. Também acho. Ele tem mais experiência. Mas, no confronto direto, nunca perco para ele. Ele trabalha para voltar à seleção, é um aficionado. Eu não sou.

Ao falar do passado, Muricy lembra a época em que usava tamanco, deixava o cabelo comprido e ouvia "música barulhenta". E recorda os episódios com o técnico argentino e linha-dura José Poy.

- Ele não gostava do cabelo comprido. Falava que, se eu não cortasse, não precisava treinar no dia seguinte. Eu respondia que não voltaria e não voltava mesmo! Passava uma semana, e eles me buscavam em casa - diverte-se o são-paulino, para em seguida concluir: - O futebol era mais alegre. Não era lucrativo como hoje, com o peso e a responsabilidade atuais.
E depois de ler essa reportagem no globo.com eu só penso: "-continue lavando muita louça Muricy!".
Hoje mais um passo foi dado: mais uma vitória, mais 3 gols, mais 58mil torcedores no Morumbi. A contagem regressiva continua!

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